26 de junho de 2013

World War Z, filmes e livros

Atenção: pode conter "estragadores" (é como dizem nos sites de filmes, mas em inglês).
Fui ao cinema ver o World War Z. Quase que tive de pedir empréstimo ao banco para pagar o preço do bilhete, mas consegui arranjar dinheiro.
Gostei do filme. Eu sou fã de filmes de zombies. Eu prefiro os zombies tradicionais à lá George Romero, os mortos-vivos que andam coxeando, cambaleando, tal e qual o pessoal do Bairro Alto às 5 da manhã. Os do WWZ correm, saltam e fazem todo o tipo de acrobacias, mas têm uma boa justificação para isso. Os do Romero é porque são mortos que voltaram à vida, os do WWZ é devido a um virus da raiva. Imaginem os zombies do filme 24 Horas Depois após terem snifado cocaína e tomado speeds. No intervalo do filme, um jovem que estava na fila da frente até disse a seguinte frase para o amigo em relação aos zombies:
-"Viste o parkour dos gajos?"
O filme WWZ é baseado num livro de Max Brooks com o mesmo nome. Há quem diga que gostou mais do livro. Isto é uma coisa que me faz um pouco de espécie. Porquê comparar um filme a um livro? São 2 coisas completamente diferentes. Lógico que é muito difícil um filme retratar tudo o que está num livro, pois aí a história é muito descritiva. A não ser que o filme tenha 12 horas de duração. Tal como um livro não consegue retratar o que se passa num filme. Para descrever todo o tipo de acção, o livro teria de ter 12 volumes.
São 2 experiências diferentes. Um deles é um grande ecrã com imagens em movimento, sons, música e efeitos especiais. O outro é um bloco de folhas preenchidas com letras. Ok, posso perceber que quando se lê um livro e a história é muito interessante e emocionante, depois vai-se ver o filme e a história não é assim tão boa como lemos. Mas isso é quando é muito baseado na história. Não num filme como este em que, o que se quer ver é acção. Qual é o melhor? Ver um exército atacar uma multidão do zombies, ouvir explosões, disparos, gritos, banda sonora... ou ler a mesma cena num livro desta forma: "Os militares estavam a postos, alinhados nas ruas de Los Angeles. Estava uma tarde com muito sol, uma temperatura amena, porém com algum calor. Uma leve brisa passava por entre os prédios. Alguns pássaros voavam..." (Isto não é do livro. Fui eu que inventei, mas no livro não deve ser tão diferente. Não sei, eu não o li. Mas estava quase a adormecer.)
Isto é o mesmo que estar num restaurante a comer um belo prato de arroz de gambas com molho de caril e côco e no fim dizer que gostou mais de ler a receita.
Mas isso sou só eu, que digo baboseiras.

Sem comentários: