12 de fevereiro de 2012

Whitney Houston: a morte e a música

Whitney Houston morreu. Foi uma perda para a indústria musical, sem dúvida. Apesar de não ser a minha preferência musical, respeito-a porque ela era das poucas que não usava esses truques irritantes como o auto-tune para as suas músicas. A voz era realmente dela, coisa rara hoje em dia.
E também era das poucas que não se tinha transformado em "cabra dos videoclips". Com isto, refiro-me às cantoras que cantavam música ligeira e depois passaram a cantar música de engate e gravar videoclips a roçarem as mamas e o rabo em cada homem musculado que aparecia.
A Whitney não fazia isso. Até porque nem tinha idade para isso. Mas também, a Mariah Carey não é propriamente nova e ainda o faz.
Com a morte da Whitney, já estou a ver tudo. Os cd's dela vão chegar ao 1º lugar das tabelas. Pelo menos, em Portugal vai ser assim. Vai ser uma correria às FNAC's e Worten's deste país. As lojas que preparem o stock.
Sim, porque o português é mórbido. Interessa-se pelas obras dos artistas quando estes morrem. Antes, estavam-se lixando.
Quando foi a morte da Amy Winehouse, numa reportagem na tv, perguntaram a um homem porque tinha comprado o cd:
-"Não conhecia a artista. Agora que ela morreu, toda a gente fala dela, fiquei curioso."
Aí está a curiosidade mórbida do tuga. Acho que, quando estiverem a ouvir a música da Whitney, devem estar a pensar:
-"Espectáculo. Estou a ouvir a voz de uma pessoa que morreu há dias. Neste momento, ela deve estar na morgue e eu a ouvir coisas dela... Que sensação..."
Ou então sou eu que estou a dizer parvoíces.

Whitney Houston

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