4 de abril de 2010

Crónicas laborais

Operador - O senhor está a falar de Lisboa?
Cliente - Estou sim, eu sei.

Cliente - Queria pôr um anúncio.
Operador - Qual é o nº de telefone?
Cliente - Não sei, estou numa cabine.

Cliente - Queria pôr um anúncio.
Operador - Qual é o texto?
Cliente - O texto? O que é isso?
Operador - O texto..! Como é o anúncio...
Cliente - Ah, é um cão para venda, com 2 meses, um Boxer.
Operador - Pronto, já está. Diga-me o primeiro e o último nome para a ficha de cliente.
Cliente - De quem? Do cão?

Operador - O senhor está a ligar de onde?
Cliente - Eu estou a ligar de fora.

Cliente - Muito obrigado e um bom ano cheio de coisas boas. Sabe o que são coisas boas? São daquelas que fazem estremecer o cadáver, sabe?

Cliente - Se faz favor, ponha-me aí um anúncio musical.
Operador - Não pomos anúncios musicais, só escritos.
Cliente - Então ponha-me um escrito.

Cliente - O que é preciso para pôr um anúncio?
Operador - Tem de dar o contacto, o texto...
Cliente - Então quero agora pôr um anúncio.
Operador - Diga-me o telefone?
Cliente - O que é o telefone?

Cliente - "Senhora para empregada doméstica". É só. Obrigado. Beijos , bom trabalho e para mim também.

Cliente - "Procuro Aski Soberano ou Salmonedo..."

Cliente - "Vendo Whisky Siberiano..."

Operador - Diga-me o primeiro e último nome para a ficha de cliente.
Cliente - Alberto Pároco. Mas não sou padre.

Cliente - "Vendo Yorkshire, daqueles cor preto afogado..."

1 comentário:

Carla disse...

Ora bem, aquele cliente do "whisky siberiano" ou tem uma raça de cão nova pra vender ou então whisky importado da Sibéria!