2 de dezembro de 2009

Crónicas laborais

(Cliente falando muito baixinho)
Cliente - Queria renovar um anúncio.
Operador - O anúncio é sobre o quê?
Cliente - Hmmm...olhe, não posso dizer...
Operador - É de anúncios íntimos, não é?
Cliente - Ahammm...É...

Cliente - Eu queria renovar um anúncio mas não sei se tenho aí o anúncio.
Operador - O senhor tem aqui os anúncios xxx, xxx e xxx.
Cliente - Tenho isso?
Operador - Sim.
Cliente - Epá, tenho? Bem, nesse dia devia estar mesmo mal.

Cliente - O anúncio sai amanhã?
Operador - Já não. A edição fechou às 12:00 h.
Cliente - Ena, c'a ganda burro que eu sou.

Operador - Estou sim, boa tarde.
Cliente - Eu queria marcar uma mamografia.

Cliente - Quero pôr um anúncio.
Operador - Diga-me o número de telefone que vai pôr no anúncio.
Cliente - Pois, com o telefone é que se põe para as pessoas telefonarem.

(Mensagem de um cliente bêbado no gravador de mensagens)
Cliente - Eu estou a falar por causa dos anúncios...de encontros... Eu queria pôr um anúncio...à procura de mulher...eu queria... O que é que eu queria?... O que eu queria era fruta da boa!

Cliente - Olhe, como eu faço para arranjar uma namorada ou uma amante?
Operador - Terá de preencher o cupão para anúncios de Love Mail e enviar para o nosso jornal.
Cliente - Pois, mas isso demora muito. Olhe, não quer namorar comigo?
Operador - Olhe, eu nem sequer vou responder a isso.
Cliente - 'Tá bom. Pois, aí não há televisões... Então, beijinhos!

Cliente - Aqui no cupão onde diz "Assinatura" é para escrever o quê? É para pôr algum número?
Operador - Não, é para assinar.

Cliente - Aqui no cupão diz para escrevermos com letra de imprensa, mas eu não tenho máquina de escrever. Como é que eu faço?

Operador - É só?
Cliente - É sim. Obrigado.
Operador - Muito obrigado pelo seu contacto.
Cliente - O meu contacto é o telefone, não é?
Operador - Ahmm..É sim, obrigado!?!

Cliente - "Trespassa-se loja de animais, totalmente recheada..." Não, não ponha isso, ponha "totalmente equipada". "Totalmente recheada" vai parecer que é de chantilly.

Cliente - Olhe, a que horas passa o autocarro de Amora para o Alentejo?
Operador - Deve-se ter enganado. O senhor está a falar para o jornal.
Cliente - Ai é? E isso é onde? Na Amora ou no Alentejo?

3 comentários:

Eduardo Ramos disse...

Gustavo.

Com tanta crónica de tanto cromo... eu cada vez percebo mais porque temos o país que temos.

gui.tattoo disse...

A ainda dizem que ser call-centrista é fácil !!!!

MarKekas disse...

"Ena, c'a ganda burro que eu sou".. Ehehehee!!

Esta malta que telefone deve ter formação de humorista, só pode!